O
ATOR
Ser ator é algo mágico, divino, o ator tem um dom de
ser transformar na pessoa que quiser,
há alguns que não incorporam bem a
personagem, mas mesmo assim ainda dar o seu recado.
Posso ser um médico, “O que você está sentido?”...Sim. Vou lhe receitar...
Ser um advogado: “Então o senhor veio aqui por que foi vitima de racismo? Relate-me o
ocorrido”.
Um juiz de direito. “Condeno o réu a três anos de reclusão em regime fechado”.
Um herói que luta bravamente pela sua gente. “Em nome de todos que eu me rendo”.
Um vilão sem escrúpulos. “Se você não casar comigo contarei a todos que passamos a noite
juntos”.
Um poeta, romântico e apaixonado pela musa e pelas
palavras. “O amor, quando se
revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar pra ela, mas não lhe sabe falar”.
Ser um mocinho perdidamente apaixonado: “Vem comigo meu amor e juntos vamos
enfrentar todos pelo nosso amor”.
O que poucos sabem é que muitas vezes tenho que sorrir
em cena, quando fora dela tenho motivos para chorar.
Chorar, quando na verdade tenho motivos para sorrir.
E assim sigo
adiante divertindo a todos e lhe convencendo que sou o que não sou.
Mas a grande verdade é que sou um ATOR, quer rir e
faz chorar, que chora e faz sorrir.
Foto: Jean Caetano(Severino de Aracaju/Auto da Compadecida; e Lebre Maluca/Alice o que é Pais das Maravilhas; Cia de Teatro Práxis - ReligArte)
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